sexta-feira, abril 23, 2010

 

Bolsa Empresário - BNDES


 

Oil price


 

Wise saving

Finanças sócio-econômica-ambiental para filhos e netos
Dentro da premissa que devemos preparar nossos filhos para o futuro, não o contrário, preparar o futuro dos nossos filhos, ou netos ou sobrinhos, proponho uma mesada a princípio polêmica pelo menos aos olhos deles, que visa contemplar 3 aspectos importantes de nossas vidas: educação financeira, social e ambiental.
Como funciona?
Estabelece-se “democraticamente” um valor de mesada realístico e quais despesas serão cobertas por esta e quais despesas serão de responsabilidade dos pais: cinema, baladas, futebol, jantar no japonês, maquiagem, cabeleireiro, conta de celulares, açaí na tigela, gasolina, estacionamento, pedágio, multas no trânsito, um esquenta antes da balada, aulas particulares, depê, Ipod, Ipad, Ipaid, etc, etc, etc.
- Mãe! Achei uma blusinha linda, maravilhosa!!! Mesada.
- Pai! Saiu um joguinho novo da hora!!!! Mesada.
- Pai! Preciso de um dinheiro extra prá colocar um som no meu carro! – "Ótimo filho: Arranjarei um estágio prá você trabalhar na loja do Vô Onofre!"
Uma dica quanto às necessidades de vestimentas é estabelecer por exemplo, uma renovação semestral dos armários, ou a cada estação. Qualquer peça de roupa fora da reposição programada dirija-se à mesada.
Conta de celulares podem até ser pagas pelos pais até um determinado limite. Ultrapassou? Mesada. Celular pode ser uma questão de segurança.
Meio-ambiente. Estabeleça metas a serem cumpridas: valores da conta de água e luz por exemplo, divididos pelo número de pessoas na casa. Se ultrapassados, desconta-se das mesadas; se menores que as metas, o dinheiro economizado pode servir para comprar alimentos e doá-los. Estabeleça metas de reciclagem de lixo; doem o lixo reciclado.
Disciplina: para cada copo d’água na prateleira do quarto, na mesa do computador, cueca suja no chão, calcinha no box do banheiro, sapatos debaixo da cama, tampa da privada aberta, garrafinha d’água na sala de televisão, computador ligado sem uso, TV, som, luz acessa no banheiro, etc, etc, etc.,para cada “falta” cometida um desconto de R$ 1,00 na mesada. No começo, quase não sobrará dinheiro para mesada de tantos descontos; é a fase de maior tensão familiar. Não importa se a família tem ou não empregada doméstica.
Chegou atrasado à escola sem motivo aparente, faltou na escola, boletim com notas menores que 7? Pague R$ 10,00, no mínimo, para cada “infração”.
Chegou em casa, foi direto ao banheiro escovar os dentes, para disfarçar o cheiro de cigarro? Pague R$ 10,00.
Poupança: no final do mês sobrou mesada? Para cada R$ 1,00 que sobra, paga-se R$ 2,00 e coloca-se numa conta de poupança, compre ações de empresas promissoras (difícil de achar hoje em dia).
Faltou mesada no final do mês e quer ir prá balada? So what?
Irmão (ã) que empresta para irmão (ã) para cobrir rombos provisórios de mesada deve cobrar “juros”, que pode ser uma tarefa social.
Prêmios: sobrou mesada nos últimos 6 ou 12 meses? Dê uma mesada extra de bônus para somar à poupança.
A família conseguiu consumir água e luz dentro ou abaixo da meta? Vamos jantar todos no japonês ou uma viagem legal.
Esses são alguns exemplos sempre visando à educação financeira, social e ambiental.
Isso é uma prova de amor aos filhos e netos!
Boa sorte. Você vai precisar.
Ricardo Foster

terça-feira, outubro 26, 2004

 

Onde houver dinheiro haverá.....


Até empresas que ainda não existem, se tornam grandes riquezas.
Veja a entrevista com o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX

sexta-feira, outubro 15, 2004

 

Finanças e Economia

Economia e Finanças

Confiança, desconfiança e preconceitos.


Economia – (Do Lat. oeconomia) S.f. 1. A arte de bem administrar uma casa ou um estabelecimento particular ou público. 2. Contenção ou moderação nos gastos; poupança. 3. Ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e consumo de bens e materiais. (Sin. , nessa acepç.: economia política, ciência econômica e teoria econômica.)

Finanças – (Do fr. finances) S.f. pl. 1. Situação financeira. 2. A ciência e a profissão do manejo do dinheiro, particularmente do dinheiro do Estado. 3. O tesouro do Estado.


Pelos significados léxicos, todos nós exercemos, ao menos um pouco, a função de Economistas e financistas quer por necessidade com nossos próprios bens e recursos, quer por vontade própria ou por profissão.
A humanidade criou essas ciências que muitos dizem serem exatas, com números, fórmulas e estatísticas, mas que na verdade também diz respeito ao comportamento humano, que é qualitativo, ao contrário dos resultados que são quantitativos: o qualitativo determina o quantitativo.
Basta observarmos a utilização dos juros. No princípio era definido como o custo do dinheiro num empréstimo ou numa venda a prazo. Há muito tempo que os juros determinam muito mais o nível de confiança, ou desconfiança entre as entidades econômicas, nações e pessoas do que o custo do dinheiro propriamente dito.
Quando José Sarney então Presidente do Brasil em 1987 declarou unilateralmente a moratória da dívida externa brasileira, entramos no caderninho preto dos credores. Desde então, o número de bancos dispostos a emprestar dinheiro para brasileiros diminuiu muito e a quantidade de dinheiro também. Qual o recado que o Pres. Sarney deu aos nossos credores?
Desde aquela época, nunca mais o Brasil saiu da lista negra. O risco-país medido pela J.P. Morgan foi às alturas e tão cedo não voltará a ser baixo o suficiente, de maneira a refletir a performance econômica do país nas suas política macro-econômica. Pagaremos esse pedágio por muito tempo.
Os juros adicionais que pagamos quando contraímos um empréstimo no exterior reflete muito mais a desconfiança dos investidores do que o custo do dinheiro emprestado propriamente dito. Tanto é verdade que o custo do risco-país, na maioria dos casos, supera em muito os juros dos empréstimos. Portanto esse “custo Brasil” adicional, que ainda hoje pagamos, é fruto do comportamento do nosso governo, no passado. Eu pergunto ao leitor: se você tivesse emprestado dinheiro para um amigo e, de repente ele informa que pagará quando bem entender e nem ao menos consultou-o antes de tomar tal decisão, que reação teria o leitor e como se comportaria caso esse amigo, mesmo que mais tarde, pagasse o que devia, com juros e correção, pedisse um novo empréstimo?
Por quê no Brasil um financiamento ao consumidor tem juros estratosféricos?
Existem duas razões principais. A primeira porque o índice de inadimplência nessas operações financeiras, historicamente (comportamento passado) é elevado; para os bancos e empresas de financiamento, até prova em contrário, todos são “caloteiros”= preconceito. Convenientemente, um contágio de desconfiança generalizado. A segunda razão é por falta de concorrência externa, onde o capital é barato comparado ao Brasil, e que a maioria dos brasileiros não tem acesso ao capital externo, exceto alguns poucos privilegiados que se beneficiaram da resolução nº 63 de 1967, uma tímida iniciativa do governo permitindo que o setor privado tivesse acesso a capitais externos baratos de países essencialmente capitalistas, com salários altos e juros baixos, porque têm capital sobrando. Como essas entidades financeiras têm plena confiança que o governo não deve mudar o status quo, pelo menos no curto prazo, não há razões para baixar os juros. Por outro lado essas entidades financeiras ao cobrarem juros excessivamente altos, estão dando um tiro no próprio pé pois justamente os juros altos é que dificultam ou impossibilitam, o devedor de quitar. Mas as financeiras também sabem que em muitos casos, diria que na maioria deles, o único patrimônio do devedor é o próprio nome, e este fará de tudo para mantê-lo limpo.
Na fórmula que determina o preço de uma ação pelo método de fluxo de caixa genérico, segundo os financistas, observe que os juros estão na parte de baixo da equação (divisor); quanto maior o juro, menor o preço da ação.
Conclusão: Quanto maior a taxa de juros, maior a desconfiança e menor o preço da ação.

Preço do C-bond (hoje, Global 40)(Risco da renda fixa) - título da dívida brasileira com maior liquidez no mercado, usado como referência. Quanto maior os juros, menor o valor de face do C-bond (Global 40). Na fórmula tem uma variável g, que é o fator de risco de crédito, e tende ao infinito quando o devedor diz: “não vou pagar.”e nesse caso o valor de face do C-bond (Global 40)tende a zero e o credor diz: “não empresto.”

As fórmulas expressam o tamanho da desconfiança.


Especulação, especuladores

Origens da palavra especulação

Especulação (Do lat. speculatione) adj. 1. Ato ou efeito de especular. 2. Investigação teórica, exploração. 3. Negócio que uma das partes abusa da boa-fé da outra.
Especular 1 (Do lat. speculare) adj. 2g 1. Referente a, ou próprio do espelho. 2. Transparente, diáfano.
Especular 2 (Do lat. speculare) v.t.d. 1. Examinar com atenção; averiguar minuciosamente; observar; indagar; pesquisar. 2. Informar-se minuciosamente de algo. 3. Valer-se de certa posição, de circunstância, de qualquer coisa, para auferir vantagens; explorar. 4. Meditar, raciocinar, refletir; considerar. 6. Operar na bolsa jogando na alta ou na baixa dos títulos.
Há uma cultura, um preconceito, um pré-julgamento no Brasil em que, aqueles que investem na bolsa, há quem diga “jogam na bolsa”, são especuladores. Mesmo no dicionário encontramos o termo jogando, que é preconceituoso. Começa que na bolsa não se joga; investe-se.
Outra origem para especulador é indo-germânica na raiz da palavra “spec”, que significa olhar; a mesma raiz para as palavras espelho, especialista, expectativa, especial, espetáculo e respeito. Especulador é aquele que enxerga aquilo que outros não vêem, aquele que olha à frente, que vê o futuro. Todo governo precisa de bons especuladores para lidar com o dinheiro público. Toda empresa precisa de bons especuladores para sobreviver numa economia cada vez mais competitiva, agindo pró-ativamente às nuances do mercado.
Outro dia ouvi um amigo dizer para seus filhos com idades entre 12 e 14 anos, cedo ainda para lidar com números, porém fruto da síndrome da precocidade que permeia nossa sociedade, que estes devem acreditar no Brasil, apesar de constantes propagandas que vão contra essa idéia na televisão, nas piadas e até entre conversa de adultos e portanto deveriam economizar parte da mesada, comprando ações da Petrobrás.
Meu amigo está certo, devemos acreditar no país. Melhor que isso, devemos impor a nossa cultura, não só artes mas toda a nossa cultura, especialmente a empresarial. O EUA impõe a sua cultura a todos, no que eles estão certos. A cultura Brasileira é muito rica e variada; outro dia assisti a uma entrevista do Ney Matogrosso na TV e fiquei convencido de que o Brasil é muito rico em cultura e artes; “só não há divulgação dessa riqueza porque não impomos a nossa cultura como os americanos o fazem”. Impor a cultura é, de um certo modo, economia e finanças.

O preconceito é uma grande barreira para que pessoas, empresas e governos evoluam.

Voltando a bolsa de valores, “lugar de especuladores” segundo os partidos de oposição e segundo até parte do governo: por que não investir na bolsa?
Quando o leitor investe na bolsa, este já sabe que, independente de prazo, das quantias ou do tipo de aplicação, será taxado em 20% de imposto de renda, que, teoricamente é uma punição aos especuladores. Se num ato de brasilidade, eu investir todas as minhas poupanças, em ações da Petrobrás, por um prazo de cinco anos, possibilitando assim que esta cresça, pois a bolsa é o melhor lugar para as empresas se capitalizarem sem precisar captar dinheiro no mercado financeiro, que é caro no Brasil, serei punido e terei o mesmo tratamento que um especulador, no sentido pejorativo, devido ao preconceito que o próprio governo tem, achando que o especulador espertamente só colocou seu dinheiro na bolsa para tirar vantagens e sair rapidamente tão logo tenha atingido seu objetivo. Eu pagarei os mesmos 20% e, se eu reinvestir os lucros auferidos, pagarei novamente os mesmos 20% no novo investimento; sou duplamente punido.
O preconceito de que todos aqueles que investem na bolsa são especuladores e que todos os especuladores são aqueles que tiram proveito da situação, faz com que o Brasil perca uma grande oportunidade de aumentar as fontes de capital para as empresas, ao mesmo tempo em que diminui as chances dos trabalhadores de remunerarem melhor seus rendimentos; oportunidades de aumentar investimentos, alavancar o crescimento, criar empregos e aumentar a renda. Basta que o governo estimule e popularize investimentos em bolsas, dando diferente tratamento entre aqueles que “acreditam no Brasil” e aqueles que “especulam”. Quer dizer: quanto mais tempo seu dinheiro é investido na bolsa, menor a alíquota de imposto, podendo chegar a zero para prazos mais longos. Todo lucro auferido que for reinvestido na bolsa será isento de imposto de renda.
Mas o que é preciso para que isto aconteça, além de vontade política?
Na minha visão basta o governo eliminar alguns preconceitos.





A síndrome do overhead, fazer mais com menos.

Em momentos de dificuldades, sempre ouço as pessoas das empresas dizerem: “o nosso overhead está muito alto”. Se não me falha a memória, o “overhead” é aquela parte do custo que corresponde aos salários das “pessoas não produtivas”; são pagas independente do nível de produção ou de vendas. Então os dirigentes tentam estabelecer uma relação entre custo de produção e “overhead”, criam um índice e determinam o percentual de participação do overhead desejável para a empresa. Sempre que o overhead for maior que o índice estabelecido, é hora de demitir pessoas. Quando este for menor, “estamos administrando muito bem”, ou, é provável que contratem pessoas.
No Brasil é preciso levar em consideração que grande parte da “síndrome do overhead” tem suas origens na CLT (Consolidação das Leis trabalhistas) devido aos elevados encargos que englobam uma contratação de pessoal.
Administrar uma casa é como administrar uma pequena empresa. Como podemos diminuir o overhead em casa, imaginando que não há empregados domésticos, quando os rendimentos diminuem? Mandamos nossos filhos embora? Fazemos com que eles parem de estudar e trabalhem para deixar de ser uma fonte de despesas tornando-se uma fonte de rendas?

A administração "caseira" é, mesmo inconsciente, voltada ao "capital humano".


Se o overhead está alto, é provável que no passado, não soubemos administrar corretamente a empresa, contratando mais pessoas que o necessário. Ou talvez, no passado a situação era bem diferente de hoje e agimos certo contratando essas pessoas.
A verdade é que, não raro, sempre que os números entram no vermelho o tratamento de choque começa pelo “overhead”, porque é visto como um centro de custos, não de oportunidades. O passo seguinte é selecionar aqueles que serão cortados e demiti-los. Quatro coisas certamente acontecerão: imediatamente é gerado um passivo trabalhista que não estava no orçamento dos planos, há um aumento de rotatividade e, quando houver uma retomada, que haverá com certeza, pois o mercado é cíclico, haverá um custo adicional de treinamento e, finalmente, enquanto essas novas pessoas e não centro de custos, estiverem aprendendo o trabalho, o rendimento ou a produtividade é menor. A única coisa que não teremos certeza é que a redução do overhead resolverá o problema de hoje.


Lembro-me que, em 1.997, quando eu participava de um evento na Câmara Americana de Comércio em São Paulo, The future business of the Americas, estavam presentes palestrantes de peso como o assessor econômico do então Presidente Bill Clinton, Antônio Kandir, o embaixador do Brasil nos EUA, embaixador dos EUA no Brasil, presidente da Alcan, da GM entre outros e, logo após a apresentação do presidente de uma grande empresa multinacional, que naquela oportunidade enfatizou a importância para as empresas como esta, em preocupar-se de fazer cada vez mais com cada vez menos pessoas, democraticamente foi aberto um espaço para perguntas. Foi quando tive a oportunidade de perguntar:
- O senhor acha que os funcionários da sua empresa, em todo o mundo, são potenciais Clientes para os produtos que a empresa fabrica?
- Certamente que funcionário é um potencial comprador dos nossos produtos.
- Se as empresas devem fazer mais, com cada vez menos, é verdade que esta atitude deverá resultar no encolhimento do mercado consumidor, pois muitos perderão o emprego, ao mesmo tempo em que aumentará a oferta de produtos, pois agora as empresas fazem mais? Não parece estranha a idéia de produzir mais para um número menor de compradores?
A resposta que obtive não dele, mas de outro palestrante que participava do evento foi que, as pessoas demitidas encontrariam empregos em outras áreas novas, como no caso do mercado ainda emergente em alguns países, de Tecnologia de Informação. Convido o leitor a tirar suas próprias conclusões. No mínimo é caso para uma reflexão de todos nós que participamos do mercado e somos o próprio mercado; somos o criador e a criatura ao mesmo tempo.
O pensamento de fazer mais com menos, é o que todos querem mas nem sempre é o melhor remédio. Fazer mais com menos é típico sintoma da falta de preocupação e de atenção com o capital humano da empresa que gera e resolve os problemas; é preciso ver os dois lados da mesma moeda.

Colocamos metas sempre mais altas do que podemos alcançá-las e vivemos correndo atrás do próprio rabo.

Auto-estima e Economia

Quando a Argentina enfrentou uma forte crise econômica, se não estou enganado, em 2.001, alguns economistas e psicólogos chegaram a dizer que o problema Argentino é crônico como o Brasileiro, mas diametralmente oposto. Por excesso de auto-estima do povo argentino e de seus governantes, esqueceram ou ignoraram a necessidade de gerenciar o país. No caso brasileiro ocorre o contrário; por falta de auto-estima do povo e dos governantes, gastando muito tempo criticando o que é nosso, nossa gente, nossos produtos e nossos governantes, faz com que o Brasil não consiga desatolar, deslanchar de vez. Afinal somos a décima segunda, ou oitava, talvez a nona, quem sabe um dia a sétima maior economia do mundo, depende da taxa de câmbio adotada, muito embora somos a 65ª nação, em desenvolvimento social segundo o índice IDH da ONU.

Ricardo Foster
skipperfoster@gmail.com

CRISE MUNDIAL DE CRÉDITO - O EFEITO DOMINÓ


The Crisis of Credit Visualized from Jonathan Jarvis on Vimeo.





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